quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BOLETIM EGOV

Artigos Interessantes

A educação do futuro: está na hora de reaprender a aprender

Nossos modelos educacionais foram concebidos no século XVIII, quando tudo precisava ser padronizado para ter grande abrangência. Mas 300 anos depois, é preciso rever alguns conceitos e preparar as pessoas para novos desafios

Desde que direcionei minha carreira para a área de Treinamento Corporativo, tenho me interessado cada vez mais pela a área de Educação. Recentemente encontrei algumas correntes de pensamento questionando os atuais modelos pedagógicos, cujas implicações vão muito além da escola.
O ponto de partida, desta vez, é o excelente Disrupting Class: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns (McGraw-Hill, 2008), de Clayton Christensen e Michael Horn. Na obra, os autores fazem uma profunda análise do sistema educacional adotado, destacando seus prós e contras e, principalmente, sugerem uma radical solução de transformação.
Os autores valem-se, basicamente, a teoria de Inovação Disruptiva do próprio Christensen para fundamentar suas ideias que, embora espelhem o modelo americano, servem à maioria dos países, por adotarem metodologias semelhantes.
Grosso modo, o estudo parte do conceito de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, que sustenta a tese de que cada pessoa tem um tipo particular de inteligência predominante, da qual desenvolve suas habilidades características. Gardner identificou ao menos sete diferentes características.
Um atleta ou bailarino, por exemplo, tem a Inteligência Cinética mais desenvolvida, que alia a coordenação dos seus movimentos a uma percepção espacial mais desenvolvida. Do mesmo modo, um artista terá como habilidade principal a Inteligência Estética ou a Inteligência Sonora, conforme o caso.
O reflexo disso no aprendizado é que cada uma destas predisposições influencia no modo como cada pessoa aprende. Se uma pessoa tem uma Inteligência Visual diferenciada, aprenderá melhor através de estímulos visuais - o mesmo se aplicando para as demais.
Ocorre que o sistema educacional ocidental foi desenvolvido com o objetivo de atender ao maior número possível de pessoas, numa época em que ainda não havia estudos mostrando as diferentes formas de aprendizado. Noutras palavras, as escolas hoje buscam a melhor maneira de ensinar - que não necessariamente coincide com a melhor maneira de aprender.
Esta padronização - que serviu muito bem ao objetivo da inclusão - deixa sérias lacunas no quesito efetividade. Enquanto alguns alunos se destacam por se adaptarem bem ao atual modelo, a maioria fica para trás, passando de ano aos trancos e barrancos. Em Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, Daniel Pink deixa claro que passar na prova de Francês é uma coisa e aprender o idioma é outra, completamente diferente.
A solução apontada por Christensen e Horn apoia-se no aprendizado individualizado, possível através da informatização das salas de aula. Eles alerta, no entanto, que entupir as escolas de computadores está longe de ser a solução. Até porque a maioria das experiências neste sentido falhou no sentido de melhorar o nível do ensino, uma vez que continuavam reproduzindo o atual modelo de ensino.
Na proposta dos autores, softwares específicos preparariam os planos de aulas mais adequados à forma como cada aluno melhor aprende, a partir de bancos de conteúdos preparados pelos professores - e até pelos próprios alunos ou seus pais.
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O mais curioso desta proposta é que recentemente tive a oportunidade de experimentá-la na prática, mesmo sem saber. Por acaso comecei a assistir a um documentário da BBC, com o sugestivo título de Power, Proof and Passion - The Story of Science. O programa, dividido em seis episódios, busca responder às questões que mais intrigaram a humanidade desde os seus primórdios, como De que o mundo é feito? ou É possível ter energia inesgotável? Veja abaixo uma parte do primeiro episódio (em Inglês):
A produção absolutamente impecável da TV inglesa, aliada ao primoroso texto de Michael Mosley, também o entusiasmado apresentador da série, abordam temas com os quais todos nós brigamos em nossos tempos de escola.
Mas quando Mosley nos mostra os primeiros motores a vapor construídos por James Watt, fica fácil aprender as leis da termodinâmica. Quando o vemos repetindo os experimentos de Lavoisier nos castelos franceses, a explicação da lei da conservação das massas parece simples. Ao entrarmos nos subterrâneos de Paris, onde os primeiros fósseis encontrados deram origem à Origem das Espécies, entender a evolução torna-se um prazer. Ou então conhecer o caminho do estudo do peixe elétrico, ao desenvolvimento da primeira pilha por Alessandro Volta - que, pasme, não tinha nenhuma utilidade! -, à descoberta acidental do eletromagnetismo, ter um déjà vu acadêmico é inevitável.
Mais importante do que isso, talvez seja o modo como Mosley mostra o todo o desenvolvimento de determinadas áreas do conhecimento, os caminhos percorridos pelos cientistas da época, a destruição de antigas teorias para o aparecimento das novas. O espectador participa da evolução das ideias, compartilhando as dúvidas geradas e respondidas, num fluxo intelectualmente estimulante e de contínua surpresa.
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Outra grata surpresa em documentários é The Ascent of Money*, baseada no livro homônimo de Niall Ferguson (The Ascent of Money: A Financial History of the World), que faz uma viagem através da história mostrando a influência do dinheiro nos acontecimentos mais marcantes da humanidade. O trailer abaixo também está em Inglês.
Em vários aspectos, The Ascent of Money vale por diversas aulas de História e várias de Geografia, ou um período inteiro de Economia, dependendo das suas aspirações acadêmicas.
Mas talvez a maior contribuição destes exemplos seja mostrar, no sentido mais amplo da palavra, como temas desinteressantes nas aulas com a tradicional combinação cuspe e giz (ou mesmo datashow), podem se tornar interessantes e estimulantes dependendo do formato. E, mais do que isso: alguns destes formatos já estão disponíveis por aí.
A pergunta passa a ser, então: por que não experimentar?
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* O documentário já tem a sua versão em Português: A Ascensão do Dinheiro está disponível na Livraria Cultura.
Assista também um trecho de Medical Mavericks, onde Michael Mosley conta como um corajoso médico australiano descobriu a cura da Gastrite.
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Texto originalmente publicado em: http://www.naopossoevitar.com.br/2011/08/aprender-a-ensinar-ou-ensinar-a-aprender.html
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-educacao-do-futuro-esta-na-hora-de-reaprender-a-aprender/57841/

ESCOLAS DE GOVERNO NA WEB

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Atenção, servidores! Abertas inscrições para diversos cursos presenciais na Escola de Governo

CURSOS - ESCOLA DE GOVERNO - SITE : http://www.escoladegoverno.seplag.df.gov.br/ 



1 - Lei n. 8ei n. 8.112/90 - aplicada ao GDF - Turma 2
De 12.09 a 16.09.11

Objetivo:
→ Atualizar os participantes na legislação que rege o serviço público do Distrito Federal em sua íntegra.


TurmaPeríodoHorárioLocal
212 a 16/9/2011das 8h às 12hEGOV



2 - Treinamento no Sistema Integrado de Controle de Processos (SICOP) - Turma 2

De 15.09 a 16.09.11
Objetivo:
→ Utilizar adequadamente os recursos do Sistema Integrado de Controle de Processos (SICOP)


TurmaPeríodoHorário
215 a 16/9/2011das 8h às 12h


3 - Excelência no atendimento ao cidadão - Turma 4
De 19.09 a 23.09.11
Objetivos:
→ Reconhecer a importância do bom atendimento ao cidadão e o papel do atendente como agente público.
→ Identificar as competências essenciais ao atendimento de qualidade, na busca da excelência na prestação dos serviços públicos.


TurmaPeríodoHorárioLocal
419 a 23/9/2011das 14h às 18hEGOV


4 - Gestão de documentos - Turma 2
De 19.09 a 23.09.11
Objetivos:
→ Orientar a organização documental dos órgãos do GDF;
→ Aplicar a legislação arquivística vigente no GDF;
→ Aplicar técnicas de gestão documental;
→ Aplicar técnicas de conservação e organização documental;
→ Difundir a prática e a rotina de protocolo;
→ Classificar documentos.


TurmaPeríodoHorárioLocal
219 a 29/9/2011das 8h às 12hEGOV


Inscrições abertas para Prêmio Sul-Mato-Grossense de Gestão Pública



 Fonte: do Idest, Bruno Crippa / Fonte da foto: Divulgação


O governo do estado, por meio da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul iniciou as inscrições para a VII Edição do Prêmio Sul-Mato-Grossense de Gestão Pública, com o intuito de valorizar o cidadão e o servidor público reconhecendo suas ideias e práticas inovadoras que contribuam para a modernização da gestão pública e a melhoria dos serviços prestados ao cidadão.
O prêmio contempla três categorias: a acadêmica, que premia trabalhos sob a forma de artigo científico, a categoria práticas inovadoras – gestão estadual, e a categoria práticas inovadoras – gestão municipal, que possibilitarão o reconhecimento de iniciativas que já tenham apresentado resultados positivos para a gestão pública.



Inscrições abertas até 30 de setembro, das 8 às 11 horas e das 13h30 às 17h30, na rua Pedro Celestino, 437, centro de Campo Grande.

As inscrições podem ser feitas pessoalmente ou enviadas pelo Correio através de SEDEX (AR).



Mais informações no site www.escolagov.ms.gov.br, ou pelo telefone 67.3321.6100.

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